O PODER TERAPEUTICO DA HIPNOSE

Há muito o homem percebeu que a sua comunicação com a realidade pode acontecer em diferentes estados de consciência. E, muitas variações nesta comunicação, podem ocorrer de acordo com a variação dos estados alterados da consciência, tais COMO a hipnose é capaz de produzir.

A hipnose é um método terapêutico cognitivo-comportamental que permite influenciar condições psíquicas, somáticas e viscerais do indivíduo, por meio de um “rapport” estabelecido entre o sujeito e o hipnotizador. Logo, pode-se dizer que a hipnose é um estado de ser do organismo, e que o hipnotismo nada mais é que uma técnica capaz de acessar este estado.

Acredita-se que a sugestão hipnótica não age sobre a vontade, mas sobre a imaginação. Como seres psicossomáticos que somos, não podemos operar apenas nos padrões convencionais da horizontalidade mecanicista de causa e efeito. Torna-se indispensável que busquemos a verticalização. Tender para o alto, nos conduz ao autoconhecimento, à liberdade,

à imaginação, à capacidade de recriar. E são as imagens criadas em estado hipnótico que nos conduzem para isto.

A medicina ocidental já começa a estudar, entender e explorar as conexões entre a mente e o corpo, há muito utilizadas com grande sucesso, na medicina oriental. A psicossomática e a psiconeuroimunologia são bons exemplos de demonstração de como o corpo é influenciado pela mente e vice-versa. Os estudos sobre a hipnose têm demonstrado de forma direta o impacto do mental sobre o físico E VICE-VERSA.

A hipnose nos conduz à realidade subjetiva interna, através da produção de “imagens mentais”. O estado hipnóidal é uma forma bastante eficiente de acessarmos diretamente o inconsciente. O inconsciente se constitui NUMA PARTE existente em nossa MENTE, dotado de reservas inesgotáveis de sabedoria, poder, inteligência, harmonia, paz, alegria plena, beleza indescritível e presença benéfica. Este poder existe em nós e aguarda SUA utilização, DESDE QUE CONSIGAMOS TER ACESSO A ELE, ATRAVÉS DESTES ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA.

Mas, encontram-se, também, no inconsciente, de forma reprimida e/ou recalcada, vários traumas, que sofremos na infância e que para lá foram levados, evitando assim, sofrimentos. Estes traumas são muitas vezes responsáveis por várias doenças que nascem na mente e que somente nela encontram a cura.

As técnicas hipnoterapêuticas têm se mostrados muito eficientes no tratamento destes traumas, assim como fobias, onicofagia, enurese noturna, insônia, síndrome do pânico, depressões, ansiedades, gagueira, dificuldades de falar em público, estresse, neuroses, reações alérgicas, reações negativas a críticas, traumas, tristeza, culpa, perdas e muitos outros problemas de origem emocional. Têm sido também utilizadas para estabelecer comunicação direta com o inconsciente liberando, de forma satisfatória, o potencial construtivo e dinâmico que possuímos, e a volta dos traumas reprimidos e/ou recalcados do inconsciente, permitindo a sua ressignifição e a cura dos traumas.

O efeito anestésico e analgésico da hipnose também vêm sendo usado, com sucesso, na clínica médica e odontológica, tanto para cirurgias de médio e grande porte como para pequenos tratamentos em áreas muito doloridas, especialmente para pacientes que por alguma razão têm limitações quanto ao uso de anestésicos. Na algesia, o uso da hipnose na clínica da dor, tem trazido alívio para dores oriundas de somatizações, e em casos onde os mais poderosos analgésicos já não fazem efeito, tais como: pacientes terminais de alguns tipos de câncer, cefaléas crônicas, enxaquecas, dores psíquicas que perduram em casos de amputações, etc.

Por YVONE MATOS CERQUEIRA